sexta-feira

Sorte de Carreiro *



Em conversa agradável entre Valtinho de Unaí e Maurício Araújo[1], nota-se o quanto esse carreiro é apaixonado pela lida do carrear. É presença certa na festa, quase sempre trás os filhos e amigos para participarem. Segundo ele, essas festividades fizeram com que muitos proprietários tirassem os carros esquecidos há muito tempo nos galpões e os colocassem de volta na estrada, para manterem a tradição e fazerem com que os mais velhos chorem de emoção ao reviverem o passado. Valtinho de Unaí considera o povo vazantino como sua família, por consideração, respeito e amizades sinceras, que tem na cidade e arredores. Nessa conversa, o unaiense relata que aconteceu uma tragédia com a sua boiada, mas que teve um final feliz. No dia 19 de dezembro um ladrão furtou sete de seus bois, e os estava levando para o matadouro,  felizmente, policiais da barreira de Paracatu ‒ pasmem! ‒ reconheceram os bois e informara ao Valtinho. Dessa forma, Valtinho conseguiu reavê-los. Para ele, se não participasse da festa de carros de boi de Vazante,  esses policiais não conheceriam os seus bois,  e eles tinham ido para o abatedouro.



[1] Entrevista cedida pelo amigo Maurício Araújo.





* Trecho do livro: FESTAS DE CARROS DE BOI, do escritor Rogério Corrêa

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Boa leitura,

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As cicatrizes feitas pela onça *



Vander Alves Pereira, 68 anos, narrou que há uns cinquenta anos, na época em que ele era festeiro da romaria da Nossa Senhora da Lapa, ao ver um senhor com várias cicatrizes no rosto, perguntou ao homem qual era a história delas. Esse homem contou a ele que estava em Vazante,  pagando uma promessa à Nossa Senhora da Lapa,  por ter salvado a vida dele. Sua vida estivera em risco quando,  andando a pé em suas terras, sentiu o peso de algo que saltara sobre suas costas. Percebeu que era uma onça, e foi jogado ao chão,  já sentindo as mordidas dela, porém ficou sem reação,  mas estava consciente. Nesse momento ele clamou por Nossa Senhora para salvar a sua vida. A onça o arrastou para próximo a uma das margens de um rio onde estavam os filhotes dela.  A onça se afastou um pouco do local e ele mergulhou no rio largo. Nisso,  a onça ouviu o barulho e o acompanhou do lado do barranco,  por looonnngo tempo,  até desistir. Segundo esse homem, quando caiu na água e molhou os ferimentos quase não suportou a dor, entretanto, a Santa lhe deu forças, e ele conseguiu nadar e sobreviver.




* Trecho do livro: FESTAS DE CARROS DE BOI, do escritor Rogério Corrêa

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