quinta-feira

Fotos de carros de boi, da natureza e muito mais




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Casa dos Violeiros é paixão nacional




Viola caipira combina muito bem com festas de carros de boi e a cultura do sertanejo. Por isso, não pode deixar de conhecer a Casa dos Violeiros. Favor clicar no link abaixo:




Circuito de Viola Caipira de Tesouro - MT

2º Circuito de Viola Caipira de Tesouro - MT
e festival de violeiros
Inscrições e informações:
filosofowender@hotmail.com
66 9607-9337 - whats app

sexta-feira

Confecção de brochas para canga de boi em couro

O artesão Edson Peres confecciona brochas para canga de boi carreiro em várias cores. Para maiores informações entrar em contato pelo e-mail: edsonperes2012@gmail.com ou pelos telefones (31) 9869-5506 ou (31) 8729-0799.

Confecção de esteiras e treliças em bambu

O artesão Admilson Ari da Silva confecciona esteiras para carros de boi e treliças em bambu, também faz produtos de acordo com a necessidade do cliente em 22 tipos diferentes de trama.

Endereço: BR 040 - Km 456, entre Sete Lagoas-MG e Paraopeba-MG. 

Telefone: (31) 9877-3578

e-mail: alforriaartefatosembambu@gmail.com 

Link: Alforria Artefatos em Bambu






 




 

quinta-feira

Causo publicado no Jornal da Besta Fubana



Comentário publicado no Jornal Diário da Manhã do dia 02/10/2014

Foi publicado no Jornal Diário da Manhã do dia 02/10/2014 um comentário de minha autoria sobre o artigo do empresário Antônio Almeida “Festas de carros de boi e a cultura sertaneja”.

 Também poderá acessar o artigo pelo link  Jornal Diário da Manhã  no caderno Opinião Pública página 1.

terça-feira

Velho Carreiro *



José Machado Guimarães, o Zé Machado, 84 anos, começou a guiar boi, com sete anos de idade, e aos treze, já era carreiro. Chegou a fazer algumas viagens até Coromandel, e muitas vezes foi até o porto localizado no Rio Paranaíba. Durante vários anos, para levar e trazer mercadorias, ele fez essa viagem uma vez por mês. Na ida levava feijão, queijo, carne de capado[1], ou seja, rolo de toucinho, que era preparado assim: primeiro matavam o porco, tiravam a carne e a salgavam, depois retalhavam o toucinho e o salgavam, em seguida enrolavam a banda do porco com a carne dentro e passavam palha de bananeira por fora, para amarrar e proteger a carne, formando um rolo. No retorno traziam sal, arame ou outro produto industrializado. Ele participou da festa tradicional como carreiro, até os seus 76 anos. Dessa idade em diante, tem evitado acompanhar os trajetos a cavalo, devido a alguns problemas de saúde. Mas vai a muitos pousos, e não perde a chegada, até porque, ela acontece justamente em sua propriedade. Zé Machado disse que “Tem muita saudade do ambiente de respeito de antigamente. Naquela época, os jovens respeitavam os mais velhos; quase não existiam roubos nem as drogas de hoje”. Segundo ele, “Essas festas de carro de boi ainda mantém um ambiente familiar e de respeito, e vem gente de todo os lugares.” Seguiu contando que a diversidade de pessoas inclui gente de vária nacionalidade. Uma vez, apareceram em sua fazenda dois turistas franceses. Eles explicaram que estavam em Brasília e viram um cartaz da festa de carros de boi, e resolveram ver o que seria esse festival, só que em vez de irem diretamente para Vazante, foram induzidos a ir para Belo Horizonte. Ao chegarem à capital mineira viram que tinham sido enganados e conseguiram a rota certa para Vazante, indo parar na fazenda de seu Zé Machado. Chegaram pela manhã e ficaram lá o dia todo. O povo da fazenda não entendia quase nada do que os franceses tentavam falar em português. E seu Zé Machado esclarece: “Depois de muito lero-lero foi que comecei a entender alguma coisa do que eles diziam, por causa que aí fui acostumando os ouvidos.” Seu Zé Machado afirmou que os franceses gostaram purdemais da festa, tiraram muitas fotos, e no final do dia, perguntaram se no ano seguinte haveria outra. Um dos franceses quis saber se ele podia trazer a família e se poderia se hospedar ali na fazenda, de novo. Seu Zé, que é muito hospitaleiro, respondeu prontamente: “Pode vim que nós damos um jeito, uai!” No ano seguinte, o francês apareceu de novo, trazendo a mulher e a filha. Sua família se divertiu muito. Estrangeiro que tem bom gosto, quando é rico, quer comprar à vista, o Brasil; se é pobre, quer comprar a prazo; se é abaixo dessa linha, mas quer porque quer ver nossa pátria, fica com as belas lembranças. Antes de ser mineiro, sou um brasileiro muito agradecido por ter nascido nesse país.


[1]Após castrar um porco magro, esse porco engorda e é chamado de capado. Um capado, abatido, fornece muita banha e carne.





* Trecho do livro: FESTAS DE CARROS DE BOI, do escritor Rogério Corrêa

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Boa leitura,

http://www.carrosdeboi.com.br