"Carreiro
apressado:

Depois de alguns dias de
fortes chuvas o açude não suportou a quantidade de água e começou a transbordar
e isso acabou provocando o seu rompimento. Nisso, o carreiro apressado falou
que não dava para esperar consertar o açude e resolveu passar em uma velha
estrada onde transitavam somente cavalos e gado. Porém, havia o contratempo de
uma forte descida de cerca de quatrocentos metros.
No dia da empreitada, o
Carreiro apressado arrumou outra boiada e chamou mais dois ajudantes para
auxiliá-lo na descida do morro. Ao chegar no local com o carro cheio e sendo
puxado por 16 bois, os outros companheiros o convenceram a não tentar descer
com carro cheio, pois a boiada não suportaria aquele peso todo e provocaria
grave acidente. Resolveram soltar as estacas morro abaixo e pouco a pouco as
rolariam até chegar no fim da descida.
Após descerem todas as estacas,
resolveram encarar tal descida da melhor forma possível. Primeiramente, passaram
a corda da ligeira de couro cru no argolão que é usada para rebocar alguma
coisa ou para engatar juntas de bois na parte traseira do carro, para
utilização em descidas íngremes. Em seguida engataram as 7 juntas de bois na
parte traseira, e começaram a descer a colina. Em dados momentos, os bois
chegaram a escorregar, porém, depois de muito trabalho, conseguiram vencer o
obstáculo.
Posteriormente ao episódio, o
próprio Carreiro impaciente afirmou aos assistentes que não faria aquele
trajeto de carro de boi, porque era muito perigoso e não valia o risco."*
*Texto do livro HISTÓRIAS DE CARREIROS, de Rogério Corrêa
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