segunda-feira

Carreiro apressado, causo do livro HISTÓRIAS DE CARREIROS, de Rogério Corrêa

"Carreiro apressado:

Para os carreiros da região do pedregal irem para a região da mata eles tinham que passar em um velho açude feito em um córrego de pouca água.
Depois de alguns dias de fortes chuvas o açude não suportou a quantidade de água e começou a transbordar e isso acabou provocando o seu rompimento. Nisso, o carreiro apressado falou que não dava para esperar consertar o açude e resolveu passar em uma velha estrada onde transitavam somente cavalos e gado. Porém, havia o contratempo de uma forte descida de cerca de quatrocentos metros.
No dia da empreitada, o Carreiro apressado arrumou outra boiada e chamou mais dois ajudantes para auxiliá-lo na descida do morro. Ao chegar no local com o carro cheio e sendo puxado por 16 bois, os outros companheiros o convenceram a não tentar descer com carro cheio, pois a boiada não suportaria aquele peso todo e provocaria grave acidente. Resolveram soltar as estacas morro abaixo e pouco a pouco as rolariam até chegar no fim da descida.
Após descerem todas as estacas, resolveram encarar tal descida da melhor forma possível. Primeiramente, passaram a corda da ligeira de couro cru no argolão que é usada para rebocar alguma coisa ou para engatar juntas de bois na parte traseira do carro, para utilização em descidas íngremes. Em seguida engataram as 7 juntas de bois na parte traseira, e começaram a descer a colina. Em dados momentos, os bois chegaram a escorregar, porém, depois de muito trabalho, conseguiram vencer o obstáculo.

Posteriormente ao episódio, o próprio Carreiro impaciente afirmou aos assistentes que não faria aquele trajeto de carro de boi, porque era muito perigoso e não valia o risco."*

*Texto do livro HISTÓRIAS DE CARREIROS, de Rogério Corrêa


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