Carreiro
Chico:
"As pessoas mais velhas, da
região de Vazante, contam que quando faziam viagens
para buscar sal e querosene
em Patrocínio, sempre iam em grupo de carreiros, a fim de trocar apoio nas
estradas, caso precisassem.
Naquele tempo não havia cercas
nem pastos para o pouso dos bois, então tinham de pastorear os bois durante a noite,
para que eles não saíssem das proximidades. Carreiros e candeeiros se revezavam
a noite toda. Mas... Chico Carreiro começa a narrar que:
― Na região, existia um velho,
ou idoso, ou melhor idade... ― Eita!, que agora dão nomes demais pra mesma
coisa, sô! Mas, a velhice é a mesma, só que com menos respeito! ―, o famoso Chico José, com ele era diferente.
Quando soltavam os bois, nos locais onde os carreiros escolhiam para a pousada,
Chico José pegava os ajoujos de todas as boiadas e os arrastava serrado afora,
fazendo orações e marcando o setor para os bois pastarem. Após esse procedimento,
todos podiam dormir tranquilos, porque os bois não ultrapassavam por onde
haviam arrastado os ajoujos. São grandes os mistérios da vida."*
*Texto do livro HISTÓRIAS DE CARREIROS, de Rogério Corrêa
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