quinta-feira

Encontro de carros de boi em Coromandel e Região


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quarta-feira

Carros de boi indo para a festa


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Encontro de carro de boi em Córrego do Feijoal


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Carreata de carros de boi Das Posse em Planaltina/GO


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sexta-feira

Festa do carro de boi de Barro Branco em Itaocara/RJ


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O FANTASMA DO FAZENDEIRO MAU - texto do livro Histórias do além 2 (assombrações, experiências sobrenaturais, visagens, tesouros, ...)



O fantasma do fazendeiro mau

 

  Existe uma fazenda, cujo antigo proprietário era um fazendeiro mau, além de ter sido um homem cheio de manias; que, em vida, ele perturbava demais os seus trabalhadores, continuando a importuná-los após a morte. Mesmo depois de a fazenda ter sido vendida para o senhor Domingos o nome do antigo proprietário falecido era sussurrado com medo.

  Luíz, um jovem trabalhador, que morava ali na região, foi contratado por seu Domingos, e já tinha ouvido algumas das histórias da assombração do fantasma do fazendeiro mau. Luiz compartilhava as histórias dos acontecimentos arrepiantes e as exigências fantasmagóricas que ocorreram durante os anos posteriores à morte do antigo dono da fazenda.

Em certa ocasião, o senhor Domingos contratou um casal que veio de outra cidade para trabalhar na fazenda. Eles foram designados para ficar temporariamente no casarão antes de se mudarem para uma das casas destinadas aos empregados casados. Nessa ocasião, o fantasma assustador do fazendeiro não tardou a importunar o novo casal.

  Luiz contou para o casal recém-chegado a respeito do que acontecia naquele casarão, mas o homem sorriu e disse:

  — Ah, não brinca! Pois bem, a partir de agora que você me contou essas besteiras, vou fazer umas coisas pra irritar essa tal assombração. — Sorriu bastante e continuou a zombar: — Não tenho medo disso. Se algo desse tipo falasse comigo, eu conversaria com ele e tudo seria resolvido.

  Na época, Luiz ficou todo ressabiado, porque conhecia bem as histórias e não achava sensato zombar do sobrenatural, porém, não disse mais nada àquele homem corajoso.

No outro dia, enquanto a esposa daquele homem auxiliava nas tarefas domésticas, o trabalhador corajoso ajudava na retirada do leite. Depois, fabricaram os queijos e, à tarde, o corajoso encheu o quarto com uma pilha de pertences. Em seguida, dirigiu-se ao mandiocal nas proximidades, determinado a cumprir seu dever na fazenda.

  À noite, após dormir por um longo tempo, parecia ser por volta de uma hora da manhã ou mais, ele ouviu uma voz estridente romper o silêncio:

  — Você deve obedecer às minhas ordens. Remova essas coisas do quarto!

  Firme, o homem respondeu:

  — Eu não retirarei nada. Você não é meu patrão, nem dono desta fazenda.

  Furioso, o fantasma do tal fazendeiro replicou:

  — Não brinque comigo, você não sabe do que sou capaz.

  Determinado, o homem retrucou:

  — Não tenho medo dos mortos. Mas, se você tiver precisando que eu faça algo para você e que esteja ao meu alcance, eu considerarei fazer.

  A assombração mudou o tom de voz.

  — Então, eu tenho um pedido a fazer.

  A assombração contou que tinha enterrado um tesouro em um dos cômodos daquele casarão e que ninguém mais sabia desse segredo.

  — Você pode desenterrar um pequeno tesouro que eu enterrei em um cômodo desta casa, depois, levá-lo para o asilo que fica na cidade vizinha, para ajudar aos menos afortunados. Se você fizer isso, poderei encontrar a paz que me é negada.

  O homem corajoso aceitou, mas impôs uma condição:

  — Você tem que me guiar até o tesouro.

  O fantasma consentiu e o instruiu a entrar em cada cômodo da casa, revelando o cômodo certo somente quando o homem corajoso estivesse próximo. Finalmente, quando o homem entrou na dispensa ao lado da cozinha, o fantasma indicou que o tesouro estava oculto debaixo do piso. Ele pediu ao homem que marcasse o chão com o pé direito, logo perto da parede, e advertiu que não retirasse o pé até que começasse a cavar com um enxadão, pois perderia o tesouro para sempre caso o fizesse.

  A única parte do casarão em que o piso não era de assoalho de madeira era a dispensa que foi construída alguns anos depois da construção da própria casa. O piso foi feito com cupinzeiro triturado misturado com cascalho fino. Essa mistura dava ao piso uma boa resistência naquela época, tendo em vista que não havia cimento por aquelas bandas e tinham de construir com o material disponível na região.

  Naquela noite não tinha mais ninguém no casarão, além desse casal recém-contratado. Seu patrão e alguns trabalhadores haviam ido para a cidade comprar sal, ferramentas, arames farpados, arestas[1], pregos e outras coisas úteis para serem usadas na fazenda, tendo em vista que estava se aproximando a época da plantação das roças.

  O homem gritou, chamando a esposa, e ela levou uma lamparina para iluminar. Ao chegar próximo, a mulher perguntou se tinha mais alguém ali, pois acordara ao ouvir conversas. Chegara a pensar que ele estivesse falando com outra pessoa, porém, ouvia só a voz do marido. Ele respondeu que estava sozinho. A esposa ficou confusa, e pressionou-o a lhe contar o que realmente estava acontecendo. Ele explicou que precisava cavar um pequeno buraco, mas não poderia revelar o motivo antes de fazer o buraco. Pediu que ela fosse buscar um enxadão e uma alavanca na casinha onde as ferramentas da fazenda ficavam guardadas.

  O homem, cauteloso, demarcou o local exato e começou a cavar cuidadosamente. No entanto, sua esposa, preocupada com possíveis consequências de danificar a propriedade do patrão, o alertou e disse. Ele, porém, assegurou:

  — Quando eu encontrar o que está aqui, explicarei tudo.      Com determinação, cavou cerca de meio metro, abaixo do piso. Usando o enxadão e a alavanca, acabou encontrando uma tampa de cerâmica.

  Cuidadosamente, ele desenterrou uma botija de cerâmica, revelando pepitas reluzentes de ouro e moedas antigas que pareciam feitas do mesmo metal precioso.

A noite avançou, e o casal mal dormiu, devido à excitação e ao mistério. Preocupados, eles trancaram o tesouro em um quarto com chave.

Na manhã seguinte, enquanto o sol rompia o horizonte, eles retomaram suas atividades na fazenda. Por volta das três horas da tarde, o senhor Domingos retornou da cidade com seus carros de boi e seus empregados. Ele pediu uma conversa particular com o patrão, compartilhou sua incrível história e mostrou o buraco do tesouro.

O fazendeiro Domingos, surpreendentemente compreensivo, agradeceu ao empregado pela honestidade e pelo cumprimento dos desejos do fazendeiro falecido. Contou-lhe também a história de um amigo de seu pai que havia enfrentado consequências terríveis após tomar um tesouro que não lhe pertencia, incluindo a perda de sua família e até sua própria vida.

O acordo estava feito: o tesouro seria entregue ao asilo da cidade vizinha, para ajudar aos necessitados. Eles mantiveram o segredo a salvo por precaução, temendo que a notícia do tesouro se espalhasse e atraísse atenção indesejada. Finalmente, entregaram as pepitas de ouro e as antigas moedas valiosas ao asilo, surpreendendo o administrador com sua generosidade.

Seu Domingos impôs duas condições ao administrador, a primeira delas que eles não poderia informar quem foi o doador, somente que tinha ganhado uma boa doação de um fazendeiro da região que já tinha morrido. A segunda, que anualmente ele prestaria contas das despesas feitas com o dinheiro do tesouro, para assegurar que o dinheiro estava sendo bem usado para amenizar o sofrimento dos menos afortunados.

Assim, eles mantiveram tal segredo por muito tempo. A partir da retirada do tesouro também cessaram as ocorrências sobrenaturais naquele casarão. Tudo indica que a assombração do fazendeiro fantasma terminou e seu espírito descansou em paz. Seu Luíz ficou sabendo sobre tal tesouro somente alguns anos depois daquela descoberta, e, por vários anos, também evitou contar a terceiros.

Para conhecer o livro acesse o link abaixo:

https://clubedeautores.com.br/livro/historias-do-alem-2-assombracoes-experiencias-sobrenaturais-visagens-tesouros-etc



[1] Arestas são utilizadas para firmar o arame farpado na estada da cerca.